domingo, 24 de outubro de 2010

Os diferentes alfabetos...

A Escrita Celestial:
A escrita Celestial é o alfabeto hebraico mais antigo, usado pelos hebreus antes do período de exílio na Babilônia, que ocorreu no séc. VI a.C. Voltando ao alfabeto, ele é formado por 22 consoantes e escrito da direita para a esquerda. Seu nome deriva da tradição de que seus caracteres foram vistos pelos antigos sacerdotes hebreus entre os astros do céu.


Alfabeto dos Magos:
O Alfabeto dos magos, ao contrário da escrita Celestial é uma variante mais moderna do hebraico quadrado. Também escrito de trás para frente, esse alfabeto foi muito utilizado em diversos grimoires, principalmente pelos alquimistas, que visavam assim manter ocultas suas fórmulas e anotaçoes dos olhos leigos, embora nao fosse muito utilizado em simbologia, muitas chaves (invocações) eram escritas utilizando-se do alfabeto dos magos na época.


Alfabeto Tebano:
Também chamado Alfabeto Theban, ou Alfabeto das Bruxas.
Foi muito popular e utilizado nas décadas de 1960 e 1970.
O Alfabeto Theban apareceu pela primeira vez em livros de Cornélio Agrippa, em 1521, mas acredita-se que seja ainda mais antigo...digo isso porque a ausencia das letras U/J/W nos mostra que tem origem latina, originado antes de séc. XI.
A origem de suas letras e símbolos é misteriosa.
Nunca chegou a ser um alfabeto utilizado com freqüência nos meios Ocultistas. Veio a ser  conhecido e utilizado novamente quando Gerald Gradner (o criador da tradição wiccan gardneriana) o reinventou...
 Por não ter ligação com o hebraico, não é escrito de trás para frente.


Alfabeto Hebraico:
O Alfabeto Hebraico, também chamado de Alfabeto Cabalístico é o alfabeto mais utilizado e conhecido nos meios Ocultistas, sendo que grande parte dos outros alfabetos místicos são criações dele.
O Alfabeto Hebraico foi desenvolvido a partir do sec. VI a.C
e sua criação é atribuída a Esdras.
Segundo a Cabala, as 22 letras do alfabeto hebraico, associadas as 10 Sephirots da Cabala formam a matéria-prima que Deus usou para criar o Universo, As Séfiras são representadas em uma árvore...
Cada uma dessas 22 letras representam um significado específico, e é atribuído um valor numérico a cada uma delas, e quando elas se juntam nas mais diversas combinações, seria o mesmo que estar montando uma equação numérica, dessa equação numérica de significados nasceram os conceitos, as idéias, a natureza e a própria História.  (Ex.: 666, número solar, 777, número associado a Deus).
Dele também se originou o Tarot, e esta intimamente ligado as Sephirots, a Alquimia, a quase todos símbolos místicos, operações magísticas, magia cerimonial e ocultismo em geral.
Também é escrito de trás para frente.


Alfabeto Enochiano:
O Alfabeto Enochiano representa a linguagem angélica que foi transmitida a Dee e Kelly, sendo tão poderosa que teve seus nomes anunciados de trás para frente, de modo a prevenir a conjuração acidental de algumas entidades. Acreditava-se que a simples pronúncia do nome destas entidades seria suficiente para conjurá-la, ou pelo menos algum aspecto seu. Cada letra do Alfabeto Enochiano apresenta sua correspondência planetária, elemental e nos Arcanos Maiores do Tarot,além de seu valor gemátrico. Para a utilização deste sistema mágico é imprescindível a correta pronúncia dos nomes e fórmulas.


Alfabeto Futhark (Runas)
Um dos antigos alfabetos místicos muito utilizado pelos nórdicos e que é, até hoje, utilizado como oráculo. A palavra Runa significa secreto, empregada para indicar um sonho misterioso, uma doutrina oculta ou um escrito hermético. Antes de aprender os caracteres romanos, os antepassados conheciam os signos chamados Glifos que compunham a escritaalfabética Futharka qual originou as runas. 



Alfabeto Ogham:
O Alfabeto Ogham (pronunciado ouam), também chamado de alfabeto Duídico sagrado, era o alfabeto utilizado pelos Celtas. Os Celtas acreditavam que muitas árvores eram habitadas por espíritos, por isso nomearam o nome de cada letra de seu alfabeto com um nome de uma árvore em específico. Os antigos Celtas usavam o alfabeto Ogham na realização da magia. Atiravam também paus divinatórios gravados com os símbolos do alfabeto Ogham. O Ogham era escrito da esquerda para a direita em manuscritos, e de baixo para cima em pedras. A linha central representa um tronco de árvore, e os traços representam os ramos.



Alfabeto Malaquim:
O Alfabeto Malaquim é um dos mais antigos alfabetos místicos existentes. Ele seria uma evolução do alfabeto celestial (citado acima). O Alfabeto Malaquim serviu de intermediário para a criação e origem do alfabeto cabalístico como o conhecemos hoje (o alfabeto hebraico) é também escrito da direita para esquerda. 


Alfabeto Maçônico / Rosa-Cruz:
Esse alfabeto é utilizado especificamente por algumas ordens maçônicas e rosa-crucianas. O Alfabeto maçônico foi freqüentemente usado no sec. 17, e até hoje muitos praticantes de Ordens Maçônicas o utilizam para se identificarem, ou em seus escritos. 


Alfabeto Aramaico:
O alfabeto Aramaico foi um alfabeto muito difundido na região 
da Mesopotania a partir do século VII a.C., sendo então adotado pelos persas.
Foi o dialeto que antecedeu o hebraico.Estudando o alfabeto aramaico, consegue-se conhecer a pronunciação dos nomes e dos sons das consoantes que formam o alfabeto hebraico.
Continuaremos nas próximas postagens...

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

As heranças Solares e  Lunares...



"Venho falando da Tradição e da Verdade , da qual eu testemunho e como se dirá ainda,  sem dúvida : O que é a Tradição ? o que é a Verdade? Quais provas podemos dar ? "
"A isso eu responderei ainda :  tais coisa não se inventam ; elas encontram-se lá onde elas mesmas estão e provam-se quando e como são necessárias ."

Cada grau dos sete primeiros ternários da história humana é comentado do princípio ao fim nos Livros Sagrados de todos os povos. Esses livros dividem-se em três, de acordo com a Matesis Divina, em três sínteses relativas ao duplo Universo e à dupla Humanidade: Invisível e Visível.
Apesar de suas aparentes divisões sob as bandeiras das várias religiões, das Universidades, das línguas e das legislações em que se divide a humanidade terrestre, os Vedas, os Kings, a Avesta, os Livros de Moisés, os Livros dos Profetas e até as mitologias asiáticas, européias e africanas não são nada mais nada menos que a expressão de sistemas individuais presididos pela anarquia. Não são filosóficos; não emanam do critério subjetivo, e demonstraremos que existe entre eles um laço de união que aponta uma origem comum neste mundo e um mesmo princípio revelador no plano espiritual. A mesma coisa podemos dizer dos sistemas científicos que acompanham essas obras, bem como os sistemas sociais que são a sua aplicação.
Todos os eruditos que tiveram a curiosidade de estudar-se uns aos outros chegaram às mesmas conclusões que as nossas, isto é, que esses desmembramentos estão tanto mais de acordo com as leis reais dos fatos universais quanto mais longe se remonta a sua antigüidade, até um ponto de partida, oculto mas translúcido, no qual se descortina a tríplice síntese primordial. E. pudemos verificar, com todo o rigor possível de um raciocínio mais exigente, que esta tríplice síntese primordial e sua Matesis são a religião cristã, aquela do Verbo Criador, antes de encarnar-se para a salvação dos homens. Além disso, o Evangelho nos diz isso com todas as letras e, depois dele, os apóstolos e seus discípulos que o pregam para todas as nações. Os sacerdotes da Igreja, saídos em sua maior parte das iniciações mediterrâneas e orientais, continuam a conquista cristã lembrando aos pagãos este fato incontestável.
É por essa razão que Jesus fala como Verbo Criador, Inspirador de toda a Revelação passada e futura, e como Verbo Encarnado antes de ascender novamente à glória de onde ele desceu, quando disse: "Eu sou a AMaTh", a verdade vivente de onde procede toda verdade.
AMaTh, com efeito, contém:
1º ThaMA, o milagre da vida, sua manifestação na existência universal;
2º AThMa, a existência infinita da Essência Absoluta, a Alma das Almas: ATh;
3º MaThA, Mata, a Razão Suprema de todas as razões verdadeiras, a incidência de todas as reflexões, a legislação de todas as leis, a eudoxia de todas as doutrinas.

Ao falar assim, o Senhor expressa, não só toda a Tradição Sagrada revelada por ele aos patriarcas, não apenas a Tora de Moisés que os resume, mas sua própria Tora direta, a do duplo Universo e da dupla Humanidade.
São João, registrou a antiga Matesis e os Princípios das três sínteses no começo de seu Evangelho. É impossível, lendo este livro e o Apocalipse, com um espírito ao mesmo tempo religioso e científico, não perceber que são do mesmo autor. Eles expressam os mesmos Mistérios, da mesma forma hierática, e em particular a AMaTh de que estamos tratando aqui.
"Eu vi um anjo ascender do Oriente com o Selo do Deus Vivo." Peço ao leitor guardar bem essas palavras do Apocalipse, VII, 2. Profetiza que a Matesis do AMaTh, inseparável em Jesus, porém aparentemente separada na humanidade religiosa, científica, universitária e social, será reconstituída entre o Oriente e o Ocidente. O eco de Daniel por meio de Esdras, relativo a certas tradições e as chaves dos Mistérios; o Talmud diz: "O Selo do Deus Vivo é AMaTh."
Os profetas, sabendo seu significado, poderiam reconhecer imediatamente o Messias a cada enunciado que este fizesse de Mistérios tão decisivos. Mas os profetas estavam todos mortos pelo estado mental e governamental da burguesia suplantadora, aquela da tribo de Judá.
Remontando o curso do tempo, examinemos as fontes universitárias em que os textos de Moisés foram reconstituídos em caracteres assírios vulgares e numa língua metade hebraica e metade caldéia. Daniel era nessa época o Grão-Mestre da Sagrada Escola dos Kashidim. As chaves dadas por ele abrem as portas de todos os Santuários da Tradição, como também de sua unidade e de sua universalidade pré-diluvianas e até pós-diluvianas por alguns séculos.
Entre essas chaves comuns direta ou indiretamente a todas as universidades patriarcais, temos que mencionar a Ca-Ba-LaH, da forma em que a definimos em nossas notas, com sua interpretação solar-lunar, lunar, horária, mensal, decânica, etc, de acordo com as línguas e sua sinalização sagrada. Essas chaves são científicas e tão claras quanto as profecias de Daniel, tão exatas como a época que ele indica para a encarnação dos Messias. Tudo isso, e muitas outras coisas, fazia parte da Matesis da AMaTh.
O mesmo Mistério nos conduz de sua segunda para a primeira transcrição, da Babilônia a Tebas, onde, sob o nome funcional de Oshar-Shiph, Moisés, como filho de um rei, foi epopte e depois chefe do Estado-Maior real comissionado como engenheiro militar para compor fortalezas e máquinas de guerra. Sua fama como sábio e como inventor passa dos egípcios aos romanos.
A universalidade tebana nos leva, voltando ao tempo, a outra que não foi sua mãe, mas sua irmã maior: Tirohita, uma vila erudita dos antigos brâmanes do Norte. Os sacerdotes tebanos e os da Etiópia, bem como os iniciados reais, iam terminar ali seus elevados estudos relativos ao Universo Invisível. Da mesma forma, os Kashidim da Babilônia iam aperfeiçoar seus estudos relativos ao Universo Visível, na sua Universidade de origem: Kashi (em sânscrito Caçi, hoje em dia Benares).
Detende-nos em Tirohita, e para observar a universidade e a universalidade cristãs, em um fato tão importante quanto a AMaTh, o Selo do Deus-Vivo; abrindo o Atharva-Veda: "O Selo do Deus-Vivo traz o Sol, porque sua Revelação ilumina o Universo." Assim, Nosso Senhor Jesus Cristo, nestas como em todas as suas palavras shemáticas, não fez mais que resumir a si mesmo, como Verbo Criador e Inspirador de sua religião eterna, una e universal.
O Atharva-Veda nos conduz a uma filiação antediluviana. E aí que voltamos a encontrar novamente a impressão do Selo da Matesis, seu Shema verbal e cosmológico solar no ARKA-METRA que reconstituímos baseados nos documentos antigos verificados pela ciência moderna. É o Arqueômetro dessa Palavra Primordial do Verbo que São João registra em seu Apocalipse. A leitura de um e do outro não deixa nenhuma dúvida de que essa impressão do Selo não teria sido revelada por seu Divino Mestre.
Assim, fomos conduzidos pelos Vedas ao Ciclo antediluviano, ao da tríplice síntese e de sua Matesis confirmada sobre o mesmo Selo: JeshU-Verbo e MeShIaH. Em nossas notas sobre a CaBaLaH, na primeira parte desta obra, lembramos que as litanias de nossa Igreja chamam o Senhor de: "Rei dos patriarcas". É um fato, e não uma forma de falar, e isso ocorre, com toda a tradição religiosa, desde seus textos teológicos até o Arqueômetro litúrgico, que os enquadra em todas as correspondências do duplo e do triplo Universo.


Em Vattan, a língua shemática do primeiro Ciclo, encontramos IShVa-Ra, JeShU, Rei dos Rishis. O sânscrito é articulado e procede do Vattan, de onde procede também o Veda, que diz IShOua e ISOua; porém, é necessário reintegrar as línguas sagradas sistematizadas cosmo-logicamente às 22 letras do Vattan que estão incluídas no Selo e em todas as suas correspondências arqueométricas. Aqui mencionaremos somente as correspondências dos números. A correspondência numérica do nome Divino é 316. Encontramos também o número 316 no nome do deus egípcio Osíris ou Oshl, Ri e Risch, Rei de Amenti, o Universo Visível. Em hebraico é ISnO, porém, antes deste, temos em etíope: ShOI. E sempre, qualquer que seja sua posição, o nome é verificado pelo seu número. Em sânscrito ISh significa o Senhor; Va, o movimento cíclico universal.
Depois do que precedeu, não podemos surpreender-nos em ver, dezessete séculos antes de nossa era, uma Iniciada no Ensino Superior da Tradição, a Infanta egípcia, dedicar a OSHI-RI uma pequena criança salva das águas, chamando-o de M'OSHI, que corresponde ao que nós chamamos: Menino de Jesus, Menino de Maria.
Voltaremos em outro momento para dar mais detalhes de todos esses pontos, mas agora queremos mostrar a seguir como, confirmando-se a AMaTh, Nosso Senhor Jesus Cristo afirmava ser o Verbo Criador, fundador do Cristianismo, religião eterna, confirmada por toda Tradição, tanto a antediluviana como a pós-diluviana.
A mentalidade européia dificilmente poderá entender tudo isso, dominada como está pela mentalidade dos pagãos greco-latinos, e apenas despertada da razão individual para a razão divina pelos recentes métodos científicos. Veremos isso mais adiante, voltando aquelas a levantar o Éter dos antigos, seu sistema ondulatório e o meio intermediário da transmissão dos Poderes divinos: ALHIM, das forças físicas: SheMaIM, para as vibrações musicais dos números.

(Textos extraídos do Arquêometro de Saint Yves...)

terça-feira, 12 de outubro de 2010

A Tradição e os alfabetos perdidos...



 “Os ancestrais tomaram realmente como uma chave geral de
adaptação o céu e sua constituição. De forma que, embora todos
os arquivos terrestres viessem a desaparecer, era sempre possível reconstruí-los com o
 instrumento que formava a base de todas as 
artes e de todas as ciências do céu.
É por isso que o conhecimento da antiga astrologia
é indispensável aos verdadeiros pesquisadores,
como também ao historiador digno desse nome.
O céu foi dividido pelos ancestrais em doze grandes divisões,
cada uma delas correspondia a um astro: estes, por sua vez,
tinham domicílios positivos ou negativos,
quer dizer, diurnos e noturnos, em cada uma dessas casas.
Se lembrarmos, na antiga astrologia, cada signo do Zodíaco tinha uma letra,
a mesma coisa para cada planeta, de tal forma que o céu era constituído
por um verdadeiro alfabeto em movimento, no qual as letras planetárias
se apresentavam em frente a cada uma das letras fixas zodiacais;
eles inscreveram no céu nomes que encontraremos novamente
em todas as grandes religiões: Ishva-ra ou Jesus Rei, Mariah ou Mayah,
Maha-maia ou a Virgem das grandes águas celestes;
possuem seus nomes inscritos com letras de fogo no
céu desde a constituição dos primeiros elementos terrestres.”.
 O Arqueômetro (pág.196)

     Dentre os conhecimentos correlacionados com a arqueometria temos a sonometria, estudo dos sons; aritmologia, estudo dos números e morfologia, estudo da formação das palavras.
     Saint Yves d'Alveydre classificou os alfabetos de acordo com o número de letras, chamando os alfabetos de 36 letras de decânicos, os de 30 letras alfabetos mensais, os de 28 letras os alfabetos lunares, os de 24 letras alfabetos horários zodiacais e os de 22 letras alfabetos zodíacos-solares.
     Percebe-se que os alfabetos foram formados numa relação direta com a formação dos calendários pelas religiões dos povos que os criaram e que por sua vez foram baseados na observação astrológica.
     O Arqueômetro baseia-se no alfabeto zodiacal-solar de 22 letras, sendo representado pelos alfabetos siríaco, assírio, samaritano e caldeu, todos derivados ou relacionados aos alfabetos hebraicos, árabes, sânscrito e Wattan, este último considerado o alfabeto morfológico dos primeiros patriarcas, protótipo das letras védicas e sânscritas.
     Saint Yves coloca, nas páginas do arqueômetro, que a partir do renascimento, a filosofia que dava a síntese de várias ciências foi rejeitada, e assim separou-se a química da alquimia, a física da magia, a teologia da teurgia, os números e a matemática oculta, e principalmente a astronomia da astrologia, nesse particular ele cita textualmente:

 “A astrologia povoa o céu dos seres vivos e das forças inteligentes, enquanto a astronomia nos mostra acima de nossas cabeças um imenso cemitério de massas inertes e de forças cegas. Aguardando a união oficial das duas ciências, a séria astronomia e a oculta astrologia, indicaremos os elementos indispensáveis para compreender os livros dos antigos e dos modernos astrólogos. É necessário estudar três ordens de objetos: 1º.) Os planetas; 2º.) Os signos do Zodíaco e sua lista das casas planetárias; 3º.) As relações desses astros e desses signos com a vida e o destino dos entes que vivem sobre os planetas.”.  Arqueometro (p.248)

Saint Yves vai mais além e coloca que além da separação entre astronomia e astrologia, a síntese dessas duas era a astrosofia, que se tornou praticamente desconhecida.
O Arqueômetro é um aparelho constituído por dois discos fixos e dois movediços, com redução de seus diâmetros, para permitir a leitura dos elementos de que se compõem os inferiores, de modo que, desenhado um triângulo eqüilátero em cada um, os quatro passarão a formar uma estrela de 12 pontas.
Em cada uma das pontas dessa estrela de doze, há uma letra do alfabeto de 22 letras usado por todos os templos da Antigüidade, correspondem às 12 consoantes e às 12 constelações do Zodíaco, aí, também, inscritas em suas verdadeiras posições astronômicas.
Um dos círculos concêntricos é composto de seis pontas, e a cada uma corresponde uma letra das sete vogais em uso naquela época, bem como as sete notas musicais, as sete cores do espectro solar e os sete planetas. Mas, como as pontas são somente seis, vemos que a vogal A vai ocupar o centro, como diâmetro da circunferência, pois ela é, como já dissemos, sua figura geométrica ou morfológica na língua adâmica, como veremos mais adiante, ligando assim as seis cores homólogas ao centro, em que é reconstituído o raio branco em sua extrema pureza, contrariamente aos sistemas de Newton e de Chevreuil, em que ele é cinzento. A nota Mi, de uma importância capital, bem como o Sol, à roda do qual giram os seis planetas, também ocupa o centro.
Fazendo-se girar esse aparelho, assiste-se a um curioso fenômeno de vibrações ondulatórias do éter, em que a cor amarela, a única fotogênica, sobrepuja as outras mais vivas na aparência, pela coloração do ambiente. Também na mesma biblioteca pode ser visto esse aparelho.
Mas, para não complicar essa descrição, deixaremos de falar de suas funções.
Para nossa tese, precisamos unicamente utilizar o hexágono produzido pelos dois triângulos eqüilaterais, colocando-lhes exteriormente as letras que lhes pertencem e algumas interiormente em seus verdadeiros lugares matemáticos, para o caso a respeito do qual, também, teremos de nos ocupar.
Essas letras, representadas no Arqueômetro, em Wattan ou Adâmico, sânscrito, aramaico, sírio, hebraico, chinês, etc., tomam sons diversos no sânscrito, segundo as regras eufônicas do Ramayana , conforme a direção de sua leitura, da direita para a esquerda ou vice-versa, e o O tanto se pronuncia O como U ou V. O mesmo dá-se com a letra Y que tem som de I ou J.







Na Biblioteca de obras raras da Federação Espírita em Brasilia, acha-se um quadro arqueométrico onde pude ver pessoalmente o alfabeto templário das línguas orientais, até o do primitivo chinês, trigrama de Fo-hi, distribuído de acordo com seus valores, identificando-se mutuamente em sua morfologia universal.
"As letras colocadas sobre o Arqueômetro não obedeceram absolutamente à vontade humana, nem são o resultado de nenhuma combinação fantasiosa, o que afastaria, ipso facto, seu caráter científico na mais rigorosa acepção do termo. Elas ali se colocam autologicamente, obedecendo unicamente a uma lei divina, à Lei do Verbo, representando as 
forças fenomenais do Cosmos, e são falantes por sua própria natureza morfológica"
Aristides Leterre - Jesus e sua doutrina -1936

Não é em vão que a tradição se conservou sobre o valor cabalístico de certas palavras, empregadas ainda hoje por ocultistas, feiticeiros e até pelo próprio Catolicismo e seus exorcismos.
Para ser provado, seria preciso que reproduzíssemos aqui o primeiro alfabeto da humanidade, o Wattan, outrora chamado Adâmico, ainda conservado pelos Brahmanes.
A cada letra, no Arqueômetro, corresponde um Número. Esses Números, que constituem um capítulo especial da Bíblia, incompreensível a quem o lê sem possuir a chave, pertencem a uma matemática quantitativa e qualitativa.
Quantitativa pelo seu valor numérico e equivalente às vibrações sonoras e cromométricas dos gabinetes da física, e qualitativa pela correspondência verbal que possuem com as forças fenomenais do Universo sideral, com sua Logia, legislada, isto é, com o Verbo Criador, porque é bom dizer que a palavra humana não é a conseqüência do esforço dos primitivos seres racionais, como alguns antropologistas querem, mas, sim, uma incidência refletiva da Divina Palavra, dada ao homem para diferenciá-lo do resto da animalidade e poder glorificar seu Criador, que é o próprio Verbo.
...continua na próxima postagem.