terça-feira, 30 de agosto de 2011

As formas de entender o destino ...


O NASCIMENTO DO SISTEMA DE ADIVINHAÇÃO DE IFÁ
Sem dúvida, o sistema religioso Yorùbá é muito interessante e extenso em tópicos a se aprender. Dentre esses, o mais interessante, importante e mais difícil é o sistema de adivinhação de Ifá, e é sobre isto que vamos falar hoje. Segundo o escritor Wande Abimbola, no livro "Os Dezesseis grandes poemas de Ifá", esse sistema nasceu do seguinte fato:
A história começa na época em Ifè, quando Òrúnmìlà não tinha filhos e seus inimigos gabavam-se de que "O Pai jamais teria filhos nesta cidade de Ifè". Mas, seus inimigos provaram que estavam errados porque Òrúnmìlà mais tarde teve oito filhos. E  todos os oito tornaram-se importantes reis em várias partes da terra Yorùbá.
O primeiro filho nascido foi coroado como Alárá (rei de Àrá); o segundo foi instalado como Ajerò (rei de Ìjerò); e o último deles a nascer tornou-se o Olówò (rei de uma importante cidade Yorùbá chamada Òwó.
Durante uma importante ocasião, quando Òrúnmìlà estava celebrando um ritual, Ele chamou seus oito filhos, que tinham se tornado todos notáveis chefes de seus próprios domínios. Quase todos eles responderam e prestaram obediência ao Pai, saudando-o com as palavras: "Aboru, bòyè bò síse"(Que possam os rituais e oferendas serem aceitos). Mas, Olówò, o último nascido de todos eles, recusou-se a saudar seu Pai. Além do mais, ele estava vestido exatamente do mesmo modo, como as vestes de Òrúnmìlà, numa ação que simbolizava a rejeição à autoridade de seu Pai e sua superioridade. Enquanto que, seus sete irmãos mais velhos saudaram antes seu Pai, ele recusou-se a saudar e ficou ereto. Seu Pai mandou-o dizer a saudação, como seus irmãos, mas, ele recusou-se e disse:
"Você Òrúnmìlà, envolveu-se com aso odún (roupas de festa).
Eu Olówò, envolvi-me com roupas de festa.
Você Òrúnmìlà, leva o òsùn, o cajado feito de latão.
Eu Olówò, levo o òsùn, o cajado feito de latão.
Você Òrúnmìlà, usa um par de sandálias de latão.
Eu Olówò, uso um par de sandálias de latão.
Você Òrúnmìlà, usa uma coroa,
Eu Olówò, também uso uma coroa.
E usualmente é dito que: ninguém que usa uma coroa Baixa a cabeça para saudar uma outra pessoa."
O resultado destas ásperas palavras, denotando total rejeição à autoridade de Òrúnmìlà sobre seus próprios filhos, foi que o deixou enfurecido, e Ele arrebatou o òsùn, o cajado de Olówò. Esta ação simbolizava a apreensão da autoridade de Olówò, cajado que é usado somente por sacerdotes altamente graduados, como um símbolo de sua autoridade e superioridade. A apreensão do de Olówò, portanto, representou a retirada da autoridade que Òrúnmìlà tinha dado aos seus filhos como importantes sacerdotes. Mas, a reação de Òrúnmìlà à tola ação de Olówò não pára por aí. A desobediência filial causou o retorno final de Òrúnmìlà para o Òrun, onde Ele assentou sua tenda aos pés de uma palmeira muito alta, que se esgalhava por aqui e por ali e que tinha dezesseis choupanas como topo (dezesseis grandes folhas).
A conseqüência para a Terra foi a fome, epidemias, caos e confusão. Isto não era surpresa para Òrúnmìlà, que representava o princípio da ordem, sabedoria, autoridade, fertilidade e continuidade. A chuva parou imediatamente de cair. O ciclo de fertilidade tanto das plantas quanto dos animais foi interrompido, ameaçando o homem e seus empreendimentos de total extinção.
Os habitantes da jovem terra viram-se frente a frente com a catástrofe e a extinção, e clamavam a volta de Òrúnmìlà. Eles pediram aos seus filhos que fossem rogar ao seu Pai para que retornasse à Terra, para que assim a paz, ordem e a continuidade pudessem ser restauradas.
Quando os filhos de Òrúnmìlà chegaram ao Òrun (naquela época, na mitologia Yorubana, não existia uma completa separação entre o céu e a terra), eles imploraram ao seu Pai que retornasse para a Terra. Eles cantaram seus nomes de louvores e insistiram para que Ele voltasse com eles para casa. Mas, seu Pai embotado, recusou-se a seguí-los, então:
"Ele mandou-os estenderem suas mãos para adiante,
E Ele lhes deu dezesseis nozes sagradas da adivinhação de Ifá.
E disse: "Quando vocês chegarem em casa,
Se vocês desejarem ter dinheiro,
Esta é a pessoa a quem vocês terão de consultar...
Se vocês desejarem esposas,
Esta é a pessoa a quem vocês consultarão...
Se vocês desejarem ter filhos,
Esta é a pessoa a quem vocês consultarão..."
Assim Òrúnmìlà restaurou-se e a sua autoridade com as dezesseis nozes sagradas da adivinhação de Ifá, conhecidas como Ikin. Quando estava na Terra, Òrúnmìlà tinha direta ligação entre o Òrun (céu) e o Ayé (terra). Com seu retorno final para o Òrun e o nascimento das dezesseis nozes sagradas, nenhum intermediário mais existiu no processo de comunicação com o Òrun; teriam de ir às dezesseis nozes sagradas antes deles alcançarem os poderes celestes. Assim, o sistema geomântico de Ifá, baseado numa elaborada parafernália de adivinhação e um complexo corpo literário, nasceu. Embora, Òrúnmìlà, como muitas outras divindades Yorùbá, finalmente tenha retornado para o céu, Ele legou aos seus discípulos um sistema através do qual o povo Yorùbá acredita, que os desejos de Olódùmarè e das outras divindades podem ser verificados.
A história completa pode ser lida no livro "SIXTEEN GREAT POEMS OF IFA", de Wande Abimbola.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

...As formas de entender o destino - O Ifá.

O CAMINHO DA SABEDORIA

Naquele tempo, Orunmila não era mais que um jovem, de excepcional possuía apenas a vontade imensa de saber tudo o que pudesse.
Em suas andanças sobre os países então conhecidos, soube da existência de um grande palácio, onde havia 16 quartos, num dos quais encontrava aprisionada uma belíssima donzela denominada Sabedoria.
Muitos jovens aventureiros, guerreiros poderosos, príncipes e monarcas já haviam sucumbido na tentativa de resgatar a bela jovem.
Determinado a conquistar Sabedoria, Orunmila dirigiu-se ao local onde estava edificado o palácio e no caminho encontrou um mendigo que lhe estendeu a mão pedindo um pouco de comida. Colocando a mão em seu embornal, Orunmila dali tirou um pequeno saco com farinha de inhame, que era tudo que tinha para comer e de uma cabaça um pouco de epo (dendê), misturando tudo e dividindo com o mendigo, comendo uma pequena parte do alimento.
Depois de alimentar-se, o mendigo revelou a Orunmila o seu nome, dizendo que se chamava Esu e como agradecimento ofereceu ao jovem aventureiro um pedaço de marfim entalhado, dizendo:
"Com este marfim denominado Irofa deverás bater em cada uma das 16 portas do palácio, pois só assim elas se abrirão. Do interior de cada quarto ouvirá uma voz que te perguntará 'quem bate? '. Você se identificará dizendo que é Ifá, o senhor do Irofa. Pois só assim cada uma revelará o seu segredo.

A primeira porta - Ejiogbe
Representa o conhecimento da vida.

A voz perguntará então: O que está procurando? E você dirá, estando diante da porta do primeiro quarto, que deseja conhecer a vida, a competição entre os homens e que quer conquistá-la em nome de Ejiogbe, o princípio de tudo. A porta então se abrirá e conhecerá os segredos da vida.

A segunda porta - Oyeku Meji
Representa o conhecimento sobre a morte.

No segundo quarto, quando a voz te perguntar o que deseja, depois de ter se identificado como antes, dirá que deseja conhecer Iku, a Morte e que deseja dominá-la. Aprender a dependência das almas com a Morte e a reencarnação por intermédio de Oyeku Meji. Então a porta se abrirá e você conhecerá a Morte, seus hororres e seus mistérios. Se não demonstrar medo em sua presença irá adquirir o domínio absoluto sobre ela.

A terceira porta - Iwori Meji
Representa o conhecimento da vida espiritual com as forças do Orun.

Na terceira porta encontrará um guardião denominado Iwori Meji, o anjo exterminador que, depois de reverenciado, colocará diante dos seus olhos a determinação do criador sobre a Terra, os mistérios da vida espiritual e dos nove espaços do Orun, onde habitam deuses e sombras e todas as classes de espíritos que irá conhecer.

A quarta porta - Odi Meji
Representa o domínio da matéria sobre o espírito.

Na quarta porta você reclamará por conhecer o domínio da matéria sobre o espírito, a lei do Karma e a formação do gênero humano. O guardião desta porta chama-se Odi Meji, a quem deverá demonstrar respeito e submissão. É necessário que não se deixe encantar pelas maravilhas e os prazeres que se descortinarão diante de teus olhos, pois podem te escravizar para sempre, interrompendo sua busca.

A quinta porta - Irosun Meji
Representa o domínio do homem sobre seus semelhantes.

Na quinta porta quando for indagado dirá, diante de Irosun Meji, que procura o acaso da vida. O domínio do homem sobre seus semelhantes através do uso das forças físicas e imposições dos homens. Aprenda, mas não utilize jamais as técnicas reveladas para o mal. Apenas como defesa, para não se tornar vítima delas.

A sexta porta - Owonrin Meji
Representa o equilíbrio que deve existir no Universo.

Na sexta porta será recepcionado por um gigante do sexo feminino que deve ser saudado por Owonrin Meji a quem solicitará ensinamentos relativos à possessão espiritual, à cura dos seres vivos e ao equilíbrio que deve existir no Universo. Compreenderá então o valor da vida e a necessidade da morte, o mistério que envolve a existência das montanhas e das rochas. Ali será tentado pela possibilidade de obter muita riqueza, mulher, filhos e bens incomensuráveis. Resista a estas tentações ou verá ser reduzida a uns poucos dias de luxúria.

A sétima porta - Obara Meji
Representa o poder da realização dos desejos e sonhos do ser humano.

Agora estará diante da sétima porta. O habitante deste quarto chama-se Obara Meji, é velho e se apresenta de aparência bonachona. Poderá te ensinar prestígios da cura, soluções para os problemas mais intrincados e te dará a possibilidade de realizar todos os desejos dos humanos. Tome cuidado, pois o domínio desses conhecimentos podem te conduzir à prática da mentira, à falta de escrúpulos e o desequilíbrio mental.

A oitava porta - Okanran Meji
Representa o poder da palavra do ser humano.

No oitavo quarto deverá solicitar a permissão de Okanran Meji para conhecer o poder da fala humana, que infelizmente é muito mais usada na prática do mal do que para o bem, e o encadeamento das forças. Este guardião te falará em muitas línguas e de sua boca só ouvirá lamúrias. Aprende depressa e depressa foge deste local, onde imperam a falsidade e a traição.

A nona porta - Ogunda Meji
Representa os malefícios da corrupção e da decadência no ser humano.

Diante da nona porta, pedirá permissão ao seu guardião, Ogunda Meji para conhecer a corrupção e a decadência, que podem levar os seres humanos aos mais baixos níveis de existência. Naquele quarto, encontrará os vícios que assolam a humanidade e que a escravizam em correntes inquebráveis. Verá o assassinato, a ganância, a traição, a violência, a covardia e a miséria humana, brincando de mãos dadas com muitos infelizes que se tornam seus servidores.

A décima porta - Osa Meji
Representa o poder do fogo e da influência dos astros no ser humano.

No décimo aposento deverá apresentar reverências a uma poderosa feiticeira, cujo nome é Osa Meji. Ela vai contar o poder que a mulher exerce sobre o homem e o porquê deste poder. Conhecerá seres poderosos que praticam o bem e o mal, denominados Ajès que vão lhe oferecer seus serviços maléficos. Caso aceito fará de você o mais poderoso e o mais odiado ser da face da Terra.
Aprenderá a representação do tempo, a dominar o fogo, a utilizar a influência dos astros sobre o que acontece no mundo. Saberá das relações entre o sol e a Terra e a Terra e a Lua, principalmente a influência da Lua sobre os seres vivos. Cuide para que estes segredos não te transformem em um feiticeiro maldito.

A décima primeira porta - Ika Meji
Representa o mistério da reencarnação e o domínio sobre os espíritos.

Bata agora com o seu Irofa na décima primeira porta e a voz do guardião Ika Meji lhe dirá onde os peixes povoaram os mares, o gigante em forma de serpente te fará estremecer. Saúde-o respeitosamente e solicite dele a permissão para conhecer o mistério que envolve a reencarnação, o domínio sobre os espíritos Abikus que nascem com o destino de uma vida curtíssima. Aprenda a dominar este segredo e desta forma poderá livrar muitas famílias do luto e da dor.

A décima segunda porta - Oturupon Meji
Representa os segredos da criação da Terra.

Esta porta te reserva sustos e surpresas sem fim. Seu guardião se chama Oturupon Meji e é do sexo feminino. Possui forma arredondada, mas se parecendo com uma grande bola de carne quase disforme. Trata-se de um gênio muito poderoso que poderá lhe revelar todos os segredos que envolvem a criação da Terra, além de te ensinar como obter riquezas inimagináveis. Aprenda com ele o segredo da gestação humana e a maneira como evitar abortos e partos prematuros. Depois parta respeitosamente em busca da próxima porta.

A décima terceira porta - Otura Meji
Representa o pleno poder sobre a matéria, a força mágica.

Bata com cuidado e muito respeito, neste quarto reside um gigante chamado Otura Meji, que costuma comunicar-se de forma íntima e constante com a energia da criação. Aprenda então como nasceu à raça humana, o domínio do homem sobre todos os animais e como é possível separar as coisas.
Domine os mistérios de dissociar os átomos, adquirindo assim pleno poder sobre a matéria. Aprenda também a utilizar a força mágica que existe nos sons da fala humana, mas usa esta força terrível com muita sabedoria.

A décima quarta porta - Irete Meji
Representa o poder dos segredos dos espíritos da Terra.

Já diante da décima quarta porta, irá se deparar com Irete Meji, que nada mais é do que o próprio espírito de Ilé, a terra. Faça com que desvende seus mais íntimos segredos, aguarde-o e preste lhe permanente reverência e sacrifício. Saiba como ir e voltar do reino de Iku. Contate por seu intermédio os espíritos da terra, "Onile", transformando-os em seus aliados. Aprenda com ele o poder da cura.

A décima quinta porta - Ose Meji
Representa os males físicos do ser humano.

Na décima quinta porta será recepcionado por Ose Meji, que irá te ensinar sobre degeneração, decomposição, doenças, perdas e putrefação. Aprenda que é perdendo que se ganha, siga sempre pelo caminho mais modesto. Aprenda a sanar estes males e saia daí o mais depressa possível para não ser também vitimado por tanta negatividade.

A décima sexta porta - Ofun Meji
Representa a união dos poderes dos outros 15 odus de Ifá.

Finalmente a décima sexta porta, o último dos obstáculos que te separam da sua desejada musa. Aí reside Ofun Meji, o mais velho e terrível dos 16 guardiões, aquele que ressuscita os mortos, saúde-o com temor, dizendo "Epa Imole" só assim poderá aplacar a sua Ira. Contemple-o, mas não o encare, observe que ele não é como os outros que você já conheceu durante a caminhada. É a reunião de todos os demais que nele habitam e que nele se dissipam somente de forma ilusória. Conhecê-lo é conhecer todos os segredos do Universo.
"Se for esta a sua busca, então você encontrou a «Sabedoria", leve-a consigo até a eternidade."
Ase, Ase, Ase.

sábado, 13 de agosto de 2011

As formas de entender o destino...


A partir deste texto passarei a falar sobre processos advinhatórios ou sistemas oraculares, pois até então não tinha contemplado o leitores de meu blog com estes mistérios. Acredito que todo processo de se falar do destino das pessoas deveria e deve, procurar possibilitar ao consulente alterar rotas deste destino, sei que o oráculo do Opon de Ifá se propõe a fazer isso através do "Dafun" (criar destino), más devemos respeitar a crença de cada um...

Abacomancia

Predição do futuro com base nas combinações obtidas pelas operações realizadas em um ábaco.

Actinomancia

Adivinhação por meio das irradiações estelares.

Acutomancia 

Arte adivinhatória por meio de agulhas ou alfinetes, interpretando as caprichosas formas que se desenham, ao atirá-las sobre um recipiente com água pluvial.

Aeromancia

Servia-se dos movimentos de ventos, fixando-se no formato das nuvens, o deslocamento dos cometas, as formações espectrais e outros fenômenos escassamente visíveis à olho nu. Não se tratava unicamente de um mero prognóstico do tempo, senão provavelmente de um verdadeiro sistema adivinhatório, que deu origem a atual Astrologia.

Alectoromancia 

Meio de adivinhação por aves, geralmente uma galinha totalmente preta ou um galo de briga inteiramente branco, que recolhendo grãos ou pedrinhas de um círculo formado por letras, ia compondo grafismos que o vidente interpretava. Uma segunda fórmula, muito mais pesada, era recitar continuamente o abecedário e compor a predição com base nas letras que coincidiam com o canto do galo. Assim se procediam também nas profecias que se realizavam observando a pedras formadas no fígado dos galos.

Aleuromancia 

Trata-se dos modernos biscoitos da sorte, nos que vai incluído um horóscopo previamente introduzido ao acaso na massa. Coloca-se um objeto de tamanho pequeno dentro de um bolo que proporcionaria boa ou má sorte, conforme o caso, a quem o encontrasse.

Alfitomancia 

Outro método parecido, consistindo em ingerir certas massas elaboradas ao mesmo tempo em que se realizam determinadas e obscuras invocações mágicas, que provocarão uma má digestão a quem não tiver a consciência tranquila.

Alquimia 

Trata principalmente da transmutação de metais mais ou menos pobres em ouro e prata. Contudo, aparece neste capítulo pelos seus esforços na ansiada busca da pedra filosofal, que entre outras de suas propriedades, era o elixir da juventude eterna.

Antropomancia

 Uma forma antiga e afortunadamente, esperemos, desaparecida, que consistia em arrumar tudo com base em sacrifícios humanos, para acalmar os deuses, espíritos malignos, e ao mesmo tempo, livrar-se de algum cidadão inconveniente. Era de vital importância a leitura do coração, do sacrificado, para decifrar o futuro.

Apantomancia

Trata de tirar conclusões a partir de encontros fortuitos com animais ou coisas que se apresentam inesperadamente aos olhos. Isto abrange desde as superstições normais contra gatos pretos, até formas e cidades; em virtude de avistar uma águia sustentando em seu bico uma serpente viva, que hoje constitui o escudo mexicano e que em sua época, serviu para determinar o local em que se fundou a Cidade do México.
As manifestações mais favoráveis eram as borboletas portadoras de saúde e felicidade e os grilos, símbolos de boa sorte, ao contrário das plumas de pavão real, as mais funestas, afora o gato, eram as pombas brancas que entravam em uma casa e as ratazanas que saíam, presságio de morte na moradia. O canto do galo em pleno dia pressagia uma agradável visita próxima.


Aquileomancia

Seu nome provém das cinqüenta varetas de aquiléia que são utilizadas neste jogo, que é uma variação da primitiva forma de rabdomancia.

Aracnomancia

Adivinhação através da teia de seda que a aranha vai tecendo.

Aritmomancia ou arimomancia 

É uma forma arcaica da Numerologia, baseada em números e no valor das letras, inventada pelos caldeus que a legaram aos gregos.

Aruspicação 

Adivinhação pela visão das entranhas dos animais mortos. Foi uma das maiores artes no tempo dos Etruscos, que souberam conseguir um posto nas cortes romanas. Nada se fazia sem consultá-los e seus conselhos sempre eram baseados também em todo tipo de fenômeno atmosférico. Os Arúspices utilizavam um estranho e complicado ritual pseudocientífico que contrastava com a simplicidade dos primitivos augures Etruscos, que se limitavam a solicitar uma resposta positiva ou negativa dos deuses mediante o vôo ascendente ou descendente dos pássaros.

Astragalomancia ou Astragiromancia

Predição por meio de ossos que se lançavam ao ar e cujos presságios dependiam da forma em que caíam . Hoje persiste o uso do osso (astrágalo), que vem substituído por objetos mais comuns, como caixas de fósforos, dados, etc.

Augúrio

 É um sistema tão antigo quanto o homem, baseado na observação do vôo das aves. Em Roma, o primeiro plano da adivinhação foi disputado com os arúspices e como já dissemos, nada era feito sem contar com seus prévios conselhos. Em inúmeras ocasiões, viram-se obrigados a fantasiar suas visões, por receio aos despóticos Césares, que continuamente colocavam em perigo suas vidas. César escutou de um deles, pouco antes de morrer, a célebre frase de que se cuidasse dos "Idos de Março".

Austromancia ou Éolomancia

Baseada na direção das nuvens e do vento.

Axinomancia

Adivinhação por meio do desgaste e formas que, ao fundir-se, toma o azeviche. Foi particularmente empregada na Galícia.

Axiomancia

Provém do machado. Era utilizada para saber a direção em que tinham fugido os ladrões, inimigos e outros malfeitores, mediante a observação das vibrações de um machado cravado em um tronco e, sobretudo, pelo sentido de seu cabo.

Belomancia

Parecida com a anterior, mas utilizando flechas e observando seu vôo e a forma como ficavam cravadas.

Bibliomancia

 É uma forma de adivinhação particularmente erudita, ainda que por isso, não menos infalível. Trata-se de adivinhar o futuro por meio do uso de palavras, frases ou versículos extraídos ao acaso de um livro. Houve épocas em que eram extraordinariamente populares as consultas realizadas à Bíblia (Sortes Sanctorum) e à Eneida (Sortes Virgilianae), pelo método de ajustar as condutas ao sentido do primeiro verso que aparecesse em uma página aberta ao acaso destes textos. Vários Concílios se ocuparam em condenar o uso das Escrituras para estes fins. Outra forma adivinhatória que mais bem é um Juízo de Deus, era a chamada prova da Bíblia, consistindo em sustentar este livro e uma chave apoiada em seus cantos, com a ponta dos dedos e que cairia ao ser pronunciado o nome do culpado pelo crime que se investigasse, fosse qual fosse a natureza deste.

Botanomancia ou Agromancia 

Predição do tempo e futuras colheitas por meio da observação das cinzas de ramos e folhas de árvores. Historicamente a cinza sempre se utilizou como oferenda aos deuses para que outorgassem grandes frutos da terra.

Bumpologia

É uma forma de Frenologia que consiste em estudar os inchaços, protuberâncias e saliências (bump em inglês) da cabeça do consultante e que foi popular na Grã-bretanha do século XIX.

Capnomancia

Caim já havia compreendido que algo não ia bem quando a fumaça de seus sacrifícios não se elevava como a de seu irmão. E o matou. A fumaça sempre foi condutora de presságios, que serão tanto favoráveis quanto mais reta e longa for sua elevação. A fumaça que se ergue em linha reta promete bom tempo, piorando em razão de sua inclinação.

Cartomancia

Por meio dos baralhos, especialmente usando o Tarô e dentro de suas variantes, o de Marselha.

Ceromancia

 Foi um dos métodos adivinhatórios que mais êxito conquistou na antigüidade, especialmente na Idade Média. Consiste na interpretação das caprichosas formas que a cera derretida de uma vela toma ao cair em um recipiente com água.

Claraudiência e clarividência

 Literalmente significam ouvir e ver com clareza, ainda que melhor se referem a formas de conhecimentos impossíveis à maioria dos mortais, obtidos por poderes parapsicológicos. Antigamente eram a base dos oráculos e hoje, constituem o fundamento da parapsicologia.

Cleromancia

Foi muito comum na Grécia clássica, especialmente em Delfos. É um sistema semelhante ao da adivinhação por meio de dados, ainda que muito freqüentemente são empregados outros objetos, como pedras de cores variadas, às quais eram outorgadas determinadas cores e significados.

Clidomancia e cleifomancia

Muito semelhante à rabdomancia, serve-se de uma chave suspensa em um cordão que vai oferecendo respostas segundo suas oscilações.

Crimomancia

É uma curiosa forma de determinar quem é o culpável de qualquer delito cometido. Em uma panela tampada são postas algumas pérolas que começarão a saltar e agitar-se com a aproximação do delinqüente.

Criptomancia

Interpretação das formas obtidas no cozimento da massa de farinha da cevada, confeitada pelas mãos do consultante, que parece, influir decisivamente no formato.

Cristalomancia

Baseada na observação de um cristal, um pedaço de gelo ou, um espelho que recebe os raios lunares. É o pai da tão traída Bola de Cristal.

Crivomancia

Também inspirado na rabdomancia, utilizando uma peneira em vez de chave ou pêndulo.

Cromniomancia ou Cristalomancia

Nos deparamos com a Bola de Cristal. Ainda que qualquer objeto translúcido também possa servir, como um copo de água, uma garrafa, etc..., mas não há dúvida de que a bola de cristal é muito mais eficiente, pelo menos dentre estes. Há quem diga que se trata de uma forma de auto-hipnose; outros, que serve apenas como rememorizador e que portanto, só é útil para reviver o passado. Os que a utilizam afirmam que não vêem uma cena completa, como uma imagem de televisão a cores, senão a uma série de símbolos, marcas, reflexos e figuras parciais, das quais, vão extraindo suas interpretações.

Dactilomancia

Novamente outro sistema semelhante à rabdomancia utilizando, neste caso, um anel, preferivelmente de ouro.

Dafnomancia

É um antigo sistema que utilizavam as pitonisas gregas, colocando alguns ramos de louro dobre o fogo e interpretando o som que produziam ao queimar-se. Sabe-se que quanto mais claros e ruidosos fossem os estalidos, melhores eram os augúrios.

Demonomancia

É uma variação da bruxaria e da chamada Magia Negra, consistindo na invocação dos demônios para que revelem com seus escuros poderes os segredos que nos rodeiam.

Dendromancia

Foi a forma preferida pelos druidas celtas, utilizando fórmulas arcanas, baseadas fundamentalmente nas propriedades de certos arbustos, sobretudo, o agárico e o carvalho.

Enomancia

Quando o vinho era vinho, provavelmente poderia nos revelar uma infinidade de segredos. Hoje, esta forma de augúrio fica lamentavelmente submersa no campo da hidromancia.

Escapulomancia

Adivinhação por meio dos ossos do tronco humano, especialmente a formação das clavículas e do esterno, que está vigente na Polinésia, atualmente. Supostamente o destino humano esta gravado nos ossos do tórax.

Espadomancia

Interpretação dos vestígios que restam nas cinzas e na fuligem, após queimar pertences do consultante.

Espatulomancia

Adivinhação pelos ossos dos animais.

Esticomancia

Sistema rudimentar que consiste em agir conforme a indicação da página de um livro qualquer aberto ao acaso. Deve-se ressaltar que, ainda parecendo absurdo, houve momentos da história que causou frenesi. Algo parecido eram os sorteios romanos, particularmente em moda nos tempos de Cícero. Eram tabelinhas que levavam gravadas uma frase e após serem convenientemente embaralhadas, uma criança sacava uma, cuja mensagem determinava a forma de agir. Este baralho rudimentar pode ter provocado inúmeras mudanças na história.

Estolisomancia

É uma curiosa variação da fisiognomonia, só que nesta não se contempla o perfil humano, mas sim, a maneira de vestir e outras características pessoais do consultante. A outra única forma de adivinhação em relação com o vestuário que nos é conhecida, está relatada nos Tantras Vedas, que fala de meios adivinhatórios por meio dos rasgos produzidos na vestimenta pelas ratazanas e ratos.

Filodoromancia


Consiste em golpear as pétalas de rosas (muito usado na época dos sibaritas) contra a mão e determinar o êxito da operação que se vá realizar, pelo ruído produzido.
Fisiognomonia. Conhecimento do caráter de uma pessoa, baseado pela configuração de sua face. Dedicaremos à ela um capítulo especial, para desenvolvê-la mais a fundo.

Frenologia


Derivada da anterior, partindo do formato cranial.

Gastromancia


Não e nem mais nem menos que a ventríloqua aplicada ao campo da adivinhação. Durante muito tempo acreditou-se que os ventríloquos eram seres anormais, com um diabo dentro do corpo. Impossível imaginar o que se pode fazer com um diabo totalmente controlado.
Geloscopia. Consiste em conhecer o passado, presente e futuro de uma pessoa, mediante o estudo de seu riso.

Genetliologia


É um ramo da Astrologia, baseando-se em certos cálculos posicionais dos astros ao nascimento do indivíduo e que inevitavelmente assinalarão o transcorrer eneludível de sua vida.

Geomancia


É um nome que tem sido utilizado para designar a qualquer indivíduo que tivesse algo a ver com a natureza e particularmente com a terra. Em certos momentos, geomântico era sinônimo de vidente. Contudo há duas maneiras de revelação que recebem este nome preferentemente. Uma, por meio de figuras caprichosas no solo ou por meio de pontos ao acaso, e a outra, que seria melhor considerada como parte da Cartomancia, a daqueles que pretendem conectar com os pontos vitais da terra por intermédio de baralhos.

Giromancia

Método estonteante, especialmente praticado pelos árabes do deserto, que possivelmente não tinham nenhuma forma melhor de perder o tempo e que consistia em escrever o alfabeto em um amplo círculo no chão (na areia) e depois, começar a dar voltas ao redor deste, até ficarem totalmente desorientados e tombarem de um lado para outro. Um observador anotava as letras que o aturdido consultante se aproximava e fazia-se uma profecia como tivessem sido obtidas de uma forma muito brilhante.

Grafologia

Interpretação do caráter de uma pessoa por meio dos caracteres próprios de sua escrita.

Halomancia

O sal foi, é, e seguirá sendo, fonte de infinitas crenças. Como mancia, supõe-se adivinhar o que representam as formas que se desenham ao derramá-lo sobre uma superfície seca e lisa. Como complemento ao que se escreve sobre as figuras do chá, perfeitamente aplicável ao sal, diremos que quando lançado por cima do ombro, fará com que o desejo formado, neste instante, se cumpra.

Hepatomancia

Meio de adivinhar o futuro, observando a configuração do fígado das vítimas sacrificadas (animais) e que foi empregado pelos babilônios, para descobrir o que lhes deparava o amanhã.

Heteromancia

Outra forma de desvendar o destino baseado na contemplação do vôo das aves.

Hidromancia

Baseia-se no estudo das correntes, fluxo e cor das águas. Posteriormente foi empregada para obter respostas a perguntas concretas, atirando uma pedra e contando o número de ondas que formava ao cair na água. Segundo este método, o numero ímpar era favorável. Do leito do rio, passo-se à um recipiente, e sua observação foi precursora da bola de cristal.

Hieromancia ou hieroscopia

Novamente a inspeção das entranhas (de animais), que tanta influência teve ao longo da história nos acontecimentos humanos.

Hipomancia

Consistia em determinar os acontecimentos fixando-se nos relinchos e patear dos cavalos.

Horoscopia

Arte de elaborar horóscopos e que já explicamos. Lembremo-nos que meia população norte-americana, desperta-se lendo seu horóscopo e por nada do mundo faria algo que o contrariasse.

Ictiomancia

Consiste em estudar o movimento, a cor, a maneira de se alimentar e a constituição interna dos peixes.

Lampadomancia

Sistema baseado nos raios e trovões. Foi muito popular, ainda que muitos de seus postulados se tenham demonstrado errados. Por exemplo, não é verdade que nunca caiam dois em um mesmo local, crença que deu origem às cidades, pensando-se que, onde havia caído um, se estaria a salvo no futuro. Também se pensou que, caso relampejasse antes do florescer das árvores e plantas, a primavera seria tardia. Um curso prático, completo desta e outras mancias relativas à Natureza, podia ser encontrado em antigos almanaques.

Lecanomancia

Arte de adivinhar o futuro, mediante o ruído que produzia uma quantidade de pedras preciosas ao cair em uma bacia que, freqüentemente, estava cheia de água.

Libanomancia

É uma forma a mais de averiguar o que a fumaça nos diz através de seu percurso, desta vez, a produzida ao se queimar incenso.

Licnomancia

Adivinhação baseada nas figuras refletidas pela luz e sombra de velas ou tochas.

Litomancia

Augúrio que se realiza lançando uma série de pedras, preferivelmente preciosas, ainda que também sirvam simples contas coloridas, sobre uma superfície lisa e constatando depois, a cor que mais é refletida pela luz. O azul, equivale a boa sorte imediata; o verde, a realização de um desejo esperado há muito tempo; o vermelho, é símbolo de felicidade no amor ou no matrimônio; o amarelo, é presságio de desastres e traições; a púrpura, vaticina um período dominado pela tristeza; o negro e o cinza, são portadores de desgraças e infortúnios.

Melanomancia

É a determinação do caráter e características subjetivas de um indivíduo, por seus sinais e manchas na pele.

Metoscopia

Também relacionada com a fisiognomonia, trata de adivinhar o destino pelas linhas da testa. (Estudo a ser tratado mais adiante).

Miomancia

As ratazanas e os ratos parecem haver tido sempre alguma influência com o futuro das pessoas. Os brâmanes já adivinhavam o futuro observando os buracos que estes roedores faziam nas roupas de seus consultantes, e na Idade Média, serviram como fornecedores de inúmeros indícios. Era sinal de boa sorte encontrar dois em uma só armadilha, e pressagiavam a morte do proprietário quando se lançavam em rataria para fora de sua casa.

Molibdomancia

Arte adivinhatória baseada nos ruídos e silvados emitidos pelo chumbo, durante seu processo de fundição Também se empregava chumbo fundido, do mesmo modo que a cera., derramando-o sobre a água e depois, interpretando o formato da gotas solidificadas.

Nefelomancia

É nada mais nada menos, que a interpretação das caprichosas formas que a nuvens apresentam.

Nigromancia ou necromancia

É a mancia preferida pelo ocultismo e a magia negra, reputada por estes como a única autêntica e verdadeira, por ser revelação direta do além e portanto, conhecedora de tudo que ocorreu no passado, ocorre no presente e ocorrerá no futuro. É ademais, a mais antiga de todas, com menção nos mais velhos livros que existem. Segundo o gregos, os mortos, acudiam ao cheiro do sangue recém derramado de uma criatura viva e Ulisses teve necessidade de matar para devolver a vida.

Numerologia

É extrair o significado dos números; conseqüentemente, se dermos valor numérico às coisas, poderemos desvendar os segredos de tudo que nos rodeia.

Oculomancia

Os olhos são o reflexo da alma, donde se mostram nossas intenções, desejos e vontades. Antes serviram para adivinhar o futuro. Hoje, começam a ser empregados pela medicina em um método especial que diagnostica o presente e o futuro de nossa saúde. Segundo os cientistas, nossa vida está impressa na retina e só falta alguém capaz de interpretá-la. Desenvolve-se hoje, pela ciência, o estudo da Iris, pois segundo os cientistas, ali está gravado tudo com respeito ao ser vivente.

Ofiomancia

Trata-se da arte de adivinhar pela observação de serpentes.

Onicomancia

É a predição do destino de uma pessoa observando suas unhas.

Oniromancia
Desde o bíblico José até os psiquiatras atuais, o sonho tem servido sempre para desentranhar nossos segredos mais ocultos.

Onomatomancia

Interpretação do destino de uma pessoa baseada no significado de seu nome. Também tem servido para os objetos e empresas.

Oomancia ou Ovomancia

Adivinhação por meio de ovos. Ao rompê-los, a casca deverá ser totalmente quebrada, caso contrário a má sorte cairá sobre quem o rompeu.

Ornitomancia ou Ornitoscopia

Outro tipo de predição pelo vôo e canto das aves.

Pegomancia
Novamente nos deparamos com o fogo. Elemento que tudo vence e tudo transforma. Aqui trata-se de submeter à sua função, uma série de objetos pessoais, que quanto mais demorem em se consumidos, tanto mais e melhores serão os augúrios.

Rapsodomancia

É deixar-se levar pelo que nos indique um verso qualquer, escolhido ao acaso, de um livro de poesias.

Sicomancia

É um meio de saber o que irá acontecer, que consiste em escrever o que desejamos saber ou qualquer tipo de consulta na folha ou córtex de uma árvore e esperar que estas se sequem.

Tefromancia

 Arte de adivinhar acontecimentos, baseado nas cinzas produzidas pelos sacrifícios (de animais).

Tiromancia
Pelos orifícios, cor consistência, dureza de um determinado queijo, os gregos eram capazes de profetizar o que iria acontecer a um povo e até, a uma nação inteira.

Uromancia

É adivinhar pelo exame da urina. A este respeito se deveria dizer que os médicos tibetanos, no livro Damantari, do ano 550 a.C, já expunham o princípio da vacina por extração da linfa das tetas da vitela, e eram respeitados em toda a Ásia por seus diagnósticos.

Bibliografia:
AS CIÊNCIAS PROIBIDAS